Vale a pena jogar SAND LAND?


Chegou o momento, finalmente, o vasto deserto do mundo de SAND LAND está entre nós. Baseado na obra de mesmo nome do mestre Akira Toriyama temos um RPG gostosinho para vivenciar o mundo apresentado, e esquecer o nosso, no controle do inesperado trio de criança demônio, demônio velho e um humano sonhador. Confira a análise.


O que é SAND LAND


Baseado no universo do mangá, SAND LAND chega logo após a estreia da série de anime, trazendo um novo mundo criado pelo lendário artista para a transmídia.

Em SAND LAND, os jogadores assumem os papéis do Príncipe dos Demônios Beelzebub, de seu acompanhante Thief e do destemido Xerife Rao, uma equipe improvável que está em busca do Lago Lendário, capaz de acabar com a terrível seca que tomou conta do mundo.

Apresentando-se como um "demônio super maligno", Beelzebub tem um coração puro como o de um garotinho, mas possui força sobre-humana e habilidades telepáticas. Rao, um xerife de uma cidade pequena, busca a ajuda dos demônios para salvar toda a Sand Land da escassez de água. Thief, um velho e sábio demônio com habilidades de ladrão, também acompanha Beelzebub e Rao em sua aventura.


Explorando esse deserto


O mundo não é mais o mesmo em SAND LAND. A humanidade, pra variar, entrou em guerra pesada e como consequência, o planeta ficou bem diferente do que conhecemos e escassez de recursos. Um mundo caótico e que ainda foi possível piorar. Num mundo que estava ruim, piora com a falta de recursos sendo controladas pelo império.

Água, como esperado, é o bem mais vital para os humanos que restaram sobreviver. O Xerife Rao, sabendo da lenda de um lago que, pode ser real devido ao costume de voo de um certo pássaro azul para buscar água, acaba indo pedir ajuda aos demônios e, com isso, vão se meter em altas confusões para finalmente terem uma excelente fonte de água para a população em SAND LAND.

Quando o trio se completa para viajar pelo deserto em busca do lago a magia começa a acontecer. Começamos a viver uma aventura bem Akira Toriyama e, dependendo do quanto você é familiarizado com as obras dele, já vai sentir a nostalgia narrativa batendo gradativamente enquanto as reviravoltas da história nos surpreendem e nos dão sentimentos diversos.

Jogando contra a tempestade de areia


Agora, falando de como exploramos esse mundo de SAND LAND o game me deu a sensação similar a que eu tive na primeiro vez que joguei Batman Arkham Asylum: game para todos! "Waka, como assim?" Eu te explico. Os desafios e gameplay dele abraçam forte todos os jogadores, logo, quem quer curtir e relaxar no RPG após uma longa, cansativa e exploratória jornada de trabalho 6x1, vai jogar e progredir sem muito stress.

Aqueles que querem um desafio, também terão, afinal, mesmo sem um número absurdo de colecionáveis ou itens para coletarmos e criarmos peças e veículos, a quantidade está em uma medida bem dosada e, para conseguir tudo, os mais dedicados terão um belo passatempo explorando o deserto (igual você ficou explorando o Arkham atrás dos Troféus do Charada).

SAND LAND tem um nível de desafio bem legal, entretanto, onde o jogo poderia não ter problemas, ele tem: nos combates. Os comandos são simples mas a ação em campo se perde fácil e frequentemente. Enfrentar os inimigos, por diversas vezes, acaba sendo uma briga contra a câmera do game e o foco que Beelzebub acaba tendo com os alvos. Em brigas "x1", especialmente quando é batalha de tanques ou pulabots.


Evolução do demônio

Como se espera em todos os RPGs em SAND LAND temos o sistema de níveis e progressão de habilidades passivas e ativas, tanto de Beelzebub quanto de Thief e Rao, nossos companheiros de viagem e batalhas. A cada nível que ganhamos, nossos atributos sobem e um ponto de habilidade é recebido para usar um no protagonista e, um extra, para utilizar em um dos dois personagens de suporte.

O lado ruim da evolução em SAND LAND é que por um bom tempo demora para farmar níveis, recebemos poucos pontos de experiência com diversos personagens dando literalmente um ponto de EXP mesmo com uma diferença baixa entre os monstros e nosso grupo. É um ponto bem chatinho para desenvolver mais dos personagens quando começamos movimentar um certo núcleo.

Explorando o deserto com estilo


Uma das coisas mais legais de se fazerem em SAND LAND, como o nome diz, tem muita areia nessa terra né? Explorar o mapa com os veículos é bem divertido e, por vezes, uma longa viagem acaba sendo meio terapêutica e relaxante. 

RPGs tem sua parcela de exploração e aqui eu gostei bastante e vou um pouco mais além para confessar: na demo do game eu achei que ele seria chato e desinteressante. Ainda bem que, e ruim também, que foi só uma demo mal planejada e sem sal. Afinal, a demo limitava demais nossas ações e isso me fez dropar e apenas torcer para o game ser bom. Ele é.

Vale a pena jogar SAND LAND?


Ao final do dia quando acampamos na fogueira com nosso galão de água a magia de SAND LAND bate e com mais força que o Goku Instinto Superior, o bucha mais forte criado pelo mestre Akira Toriyama, controlar a aventura do pequeno Beelzebub é extremamente satisfatório e quebra um pouco das complicações de sistemas que, por vezes, vimos em um Sword Art Online por exemplo.


SAND LAND vem bem dosado para agradar jogadores mais experientes e os mais casuais, trazendo uma aventura bem com a cara de Akira Toriyama e, mesmo com o anime em uma plataforma tão apagada quanto a Star Plus, game e anime possam se ajudar a ficarem um pouco mais nos holofotes e dar a fama que o pequeno demômio merece, vai que ele surge no Sparking Zero de surpresa com a Aralle de volta?

Mesmo com os problemas que os combates possam nos dar, SAND LAND é uma ótima e agradável opção para o seu lazer ao ligar seu console ou PC.

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