Arknights: Endfield já deixou claro que não quer ser “mais do mesmo”. Misturando combate em tempo real, exploração de "mundo aberto" e construção de bases, o jogo chamou atenção durante seu Beta Test II de 50–60 horas — e esse teste já rodou em iOS e Android, oferecendo uma amostra do que vem por aí antes do lançamento global previsto para o início de 2026. Vamos conferir nessa análise como a versão mobile se comporta em campo, suas ambições e seus desafios em nossas primeiras impressões.
Uma evolução ousada da franquia
Ambientado no universo de Arknights, já consagrado no mobile como um dos grandes títulos de estratégia e defesa; Endfield introduz uma proposta ousada: um RPG 3D com combate em tempo real e elementos de gestão de base. No Beta Test II, essa ambição ficou clara com diversas melhorias significativas feitas a partir do feedback dos jogadores, incluindo narrativa reconstruída, uma região nova chamada Wuling e sistemas mais profundos de exploração e combate.
O primeiro contato no Mobile me deixou com sensações mistas. Uma experiência legal, boa e, de certa forma, dentro de um certo conforto desse tipo de jogo, mas ainda “work in progress”, como qualquer teste beta deveria ser; o que significa quedas de performance em dispositivos menos potentes ou necessidade de polimento em algumas mecânicas. Foi uma experiência tranquila no meu Moto Edge 50 Fusion mas, não tão boa no celular reserva (obviamente menos potente mas testado por curiosidade).
Exploração, combate e identidade própria
Uma das grandes novidades vista no teste é a área de Wuling, que combina estética oriental com tecnologia futurista, criando cenários diferentes e mais vivos do que as áreas já vistas no primeiro beta.
O combate também recebeu mudanças consideráveis: agora há sistemas de combo, habilidades refinadas e chefes reformulados, deixando as batalhas mais dinâmicas e estratégicas do que antes. Essa reformulação trouxe à tona a ambição de Endfield em ser mais do que um RPG mobile tradicional — aproximando-o de jogos de ação estratégica em tempo real, sem perder o foco tático que a franquia Arknights já cultiva.
Base e sistemas auxiliares
A construção e o gerenciamento da base (o AIC – Complexo Industrial Automatizado) também ganharam expansão no beta: você pode construir e expandir instalações, criar itens e usar recursos adicionais como o modo foto, detecção de caixas e orientação de companheiros durante a exploração.
Esses sistemas mostram que o jogo tenta equilibrar ação, estratégia e elementos de simulação, criando uma sensação de progresso que vai além dos combates isolados. Esse mix agrada ao jogador que quer mais profundidade do que apenas “apertar botões”.
Mobile: o que funcionou e o que ainda precisa de polimento
Rodando no celular, Arknights: Endfield mostrou que é possível combinar qualidade técnica com jogabilidade complexa. Movimentação, exploração e combate segue a fórmula de muitos games do gênero, combinando bem o que é intuitivo de fazer com onde "apertar" em tela para realizar a ação.
Em combate temos diversas opções de ações quando em grupo e, individual, o básico que nos salva sempre: atacar e esquivar/parry. No entanto, sendo um beta, há questões para serem consideradas para o futuro do game como:
- A performance pode variar bastante dependendo do aparelho, dispositivos com menos de 6GB de RAM podem sentir quedas de FPS ou limitações gráficas.
- Um pouco de confusão com mecânicas complexas e falta de clareza sobre sistema de classes e progressão, algo que pode ser trabalhado até o lançamento.
Minha experiência no mobile
Jogando o beta no celular, a primeira impressão é de um jogo ambicioso: gráficos 3D expressivos, combate tático mais fluido do que em muitos ARPGs mobile e sensação genuína de progressão estratégica. A região explorável e a história reformulada dão uma dose de narrativa que muitos games mobile não oferecem tão cedo. Porém, certas explicações de sistema são vagas e pode haver momentos em que você se pergunta “o que exatamente devo fazer agora?”, especialmente em meio a tantos recursos novos e sistemas entrelaçados.
A sensação é de estar jogando algo que está entre o tradicional jogo mobile de ação e um RPG de estratégia robusto e isso é bom, mas também pode ser difícil de dominar no início. O tutorial inicial vai ser literalmente um termômetro para você sentir se vai se entender rápido ou, vai precisar rever detalhes depois.
Impressões iniciais finais
Arknights: Endfield tem potencial real para ser uma das experiências mobile mais interessantes de 2026, misturando exploração, combate em tempo real e estratégia base em um único pacote. Por enquanto, em beta, ele já entrega intensidade, profundidade e temas que lembram tanto o RPG quanto games de ação mais elaborados.
O combate estratégico renovado, exploração de mundo aberto, sistemas profundos e base expansível se destacaram forte nesse teste que participei. Por outro lado, uma otimização da versão mobile para não ser executado apenas em celulares potentes (tenho sorte do meu ter 6 GB Ram e poder expandir e foi comprando pensando em ter menos dor de cabeça em games mesmo), clareza em mecânicas e curva de aprendizado.Vamos aguardar que a versão final seja melhor, afinal, testes betas são para esse tipo de feedback para, justamente, melhorarem o produto final.


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