Sobre o filme
Produzido pela Toei Animation e baseado na sensação internacional do anime, Cavaleiros do Zodíaco traz a saga de Saint Seiya para a telona em live-action pela primeira vez. Seiya (Mackenyu), um obstinado adolescente de rua, passa seu tempo lutando por dinheiro enquanto procura por sua irmã sequestrada.
Quando uma de suas lutas inadvertidamente explora poderes místicos que ele
nunca soube que tinha, Seiya se vê lançado em um mundo de santos
guerreiros, treinamento mágico antigo e uma deusa reencarnada que precisa de
sua proteção. Se ele quiser sobreviver, precisará abraçar seu destino e
sacrificar tudo para ocupar seu lugar de direito entre os
Cavaleiros do Zodíaco.
Inversões do que conhecemos
Na obra original vemos que Mitsuma Kido engravidou 99 mulheres pelo
mundo, teve 100 filhos, mandou os pirralhos pelo mundo ao completarem 6 anos
para treinar e se tornarem Cavaleiros de Atena, destacando
Seiya de Pegasus na Grécia, Shiryu de Dragão na China,
Hyoga de Cisne na Sibéria, Shun de Andrômeda na Ilha de
Andrômeda e Ikki de Fênix na Ilha da Rainha da Morte. Ao conquistarem
suas armaduras, eles retornam ao Japão e participam da rinha, digo, Torneio
Galáctico pela disputa da Armadura de Ouro de Sagitário.
No filme, vemos o jovem Seiya participando de rinhas para sobreviver e,
ao lutar contra Cassios acaba descobrindo que é portador de uma energia
chamada Cosmo. Após fugir das mãos da Guraad e conhecer
Alman Kido, o jovem descobre que está destinado a se tornar o Cavaleiro
de Pégaso para proteger a Deusa Atena.
Saori Kido manteve a dinâmica do resgate, e olha, gostei do trabalho
feito para retratar as armaduras de Sagitário e Capricórnio na briga do
"suposto Aiolos" protegendo o bebê Atena. O live action se baseou mais na
versão tenebrosa do remake da Netflix e, com isso, temos coisas que dão a
montanha russa emocional.
Treinamento de Seiya
Depois de realizar uma bela luta contra Cassios e dar fuga,
Seiya, e nós, descobrimos mais detalhes da história e do destino do
Seiya que é enviado para treinar com a Marin de Prata (até agora não
entendi porquê não dizem Águia). Ela é seca, sarcástica, durona, a waifu que
você sempre sonhou apanhar dela.
Esse arco de treinamento do Seiya é um momento até que bom, acaba sendo
muito esticado, mas remete bem aos elementos que vimos e destruir rochas é uma
das provas do avanço e domínio do cosmo. Ao conseguir se alinhar com a
constelação de Pégaso, temos o primeiro aceno para a armadura, dando aquele
visual da roupa de treino do anime e mangá.
As armaduras seguem uma mistura do clássico com a releitura apresentada em "Os Cavaleiros do Zodíaco - A Lenda do Santuário". Ou seja, temos a ideia do cordão com pingente, temos as urnas e, como
visto em todos os materiais de divulgações, as armaduras são mais fechadas,
mais "medievais" com estilizações que remetam ao Pégaso e a
Fênix.
Plot de centavos
Muito das coisas boas, ok e aceitável, estão ai sem dar spoiler relevante,
entretanto, o filme seria mediano com tranquilidades, o que faz ele oscilar
muito entre você ficar numa boa, dividido ou torcer a cara, são para as
"americanizices" que Hollywood enfia em todo filme de ação.
Quando precisa lembrar que é um filme no nosso universo, fica um pouco
entediante e até dá um sentimento de ser um filme de 3h e arrastado.
Quando ele lembra e abraça a "galhofa", mesmo pisando um pouco no
freio, é legal. Podia ser melhor mas eles abraçam a ideia dos golpes, guardião
surgindo nas costas do personagem, "rabiscar" a constelação.
Mas essa coisa de sempre deixar elementos genéricos dos filmes de ação por lá,
como exagero de aparatos tecnológicos, muitos momentos desnecessários com
armas de fogo, um plano esquisito da Guraad sobre lidar com usuários de
Cosmo e como isso faz a nova versão das crianças do Kido.
Ao meu humilde ver, se mudassem um pouco os detalhes para seguir esse prólogo
de "surgimento" de Seiya se tornando Cavaleiro de Pégaso e
Saori despertando a Deusa Atena, dava para desenrolar algo que
não nos fizesse "esquecer" certos momentos para ficar melhor.
Santo Seiya
Ao fim da sessão eu fiquei com um sentimento morno e com vontade de ver
sequência!! Sim, eu quero ver como eles arruinariam as 12 Casas pois,
esse arco, com os eventos do filme e dependendo de como é na versão Netflix,
tende a ser um show de armaduras lindas, numa história que risos de nervoso
intensificam no ar.
Eu fui de coração aberto para a sessão, sem julgamentos prévios e
afins, entretanto, é inegável que eu ficava com aquele leve sentimento de "pode ser uma bucha com força". Foi uma montanha russa de sentimentos e que no fim da volta, não foi esse
show de horror que parecia ser. Podia ser melhor, sem dúvidas.
Tem um momento que fazem um arranjo instrumental que, conforme vai avançando a
música, que canalhas, esse Pegasus Fantasy tocando discretamente e
mexendo no emocional. Quando Seiya consegue sua armadura, eu pensei que
ia tocar o clássico, seria foda e muito melhor que a trilha genérica.
Outro ponto irritante é como parecia que o filme era ação no universo
cinematográfico da DC, escuro demais em diversas cenas de lutas. Disfarçar um
CG mais discreto
ou baixo orçamento das armaduras de capangas? Que também lembra que o
Cassios começa como um personagem legal e depois se torna um random.
Eu não vou dizer se vale a pena, ou não, assistir
Cavaleiros do Zodíaco - Saint Seiya O Início por um motivo simples.
Esse filme divide cada fã de CDZ e vai do seu sentimento encarar esse filme ou
não. Se tiver promoção na sua cidade, aproveita sem medo nesse caso pois eu
paguei R$ 6 nessa estreia, stonks!
PS: ao chegar ao fim do texto noto como o Ikki é tão mal explorado para sabermos melhor dele e, muito na cara que será para um segundo filme, que ficou escondido no churrasco desse review.
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