Recordando a história do Blue Lock
Yoichi Isagi estava a poucos momentos de marcar um gol que colocaria seu time de futebol do ensino médio na disputa dos nacionais, contudo, uma decisão em uma fração de segundo de passar a bola para seu companheiro de equipe custou-lhe essa realidade. Amargurado, confuso e desapontado, Isagi se pergunta se o resultado teria sido diferente se ele não tivesse feito o passe. Quando o jovem atacante volta para casa, um convite da Federação Japonesa de Futebol o aguarda. Por meio de um processo de tomada de decisão arbitrário e tendencioso, Isagi é um dos trezentos atacantes sub-18 selecionados para um projeto polêmico chamado Blue Lock.O objetivo final do projeto é transformar um dos jogadores selecionados no artilheiro da seleção japonesa. Para encontrar o melhor participante, cada diamante bruto deve competir contra outros através de uma série de competições individuais e em equipe para chegar ao topo. Deixando de lado suas objeções éticas ao projeto, Isagi se sente compelido a lutar para chegar ao topo, mesmo que isso signifique esmagar impiedosamente os sonhos de 299 jovens aspirantes a atacantes.
Futebol se joga com EGO
O foco o qual Blue Lock trabalha o
desenvolvimento dos personagens junto as suas diferenças personalidades é
trabalhar o ego deles. O coordenador do projeto, e novo treinador da seleção
japonesa de futebol, Jinpachi Ego, acredita que o que torna os grandes
nomes do futebol, quando se trata dos atacantes, serem o que eles são é o ego!
Sim, para Jinpachi Ego, além do talento, determinação e foco em fazer
grandes jogos e se destacarem, Lionel Messi, Cristiano Ronaldo,
Neymar Jr, Pelé, entre outros, são tudo isso por ter um certo
egoísmo para brilhar. Tirando Pelé, que puxava o coletivo, mas sim, o negão
era foda no X1 dibrando geral e marcando golaços, Jinpachi exemplifica bem
cada um nesse sentindo.
Volta Neymar, o Santos precisa de você T_T |
Como bônus, Pelé era um jogador de ego pois ele foi o melhor em todas
as posições que jogou, incluindo goleiro. As poucas vezes que o Rei do Futebol
precisou ser goleiro, ele nunca foi vazado!
Após o fracasso da seleção japonesa na Copa do Mundo da Russia de 2018,
Ego tinha um plano para mudar o futebol do seu país e, assim, conquistar uma
Copa do Mundo.
Battle Royale de futebol
Jinpachi Ego reforça que pela mentalidade japonesa, de modo geral, o
Japão consegue ter bons, ou, até mesmo, grandes desempenhos esportivos
nas modalidades que o coletivo faça a diferença. As equipes de vôlei são boas
e incomodam frequentemente as grandes nações (e possuí no masculino seu
próprio Hinata da vida real); no baseball o Japão incomoda demais Estados
Unidos e Cuba; no futebol o feminino ganhou a Copa do Mundo de 2011 na
Alemanha, vencendo as mentora da Alex Morgan nos pênaltis.
Mas, e o futebol masculino? Ego passa sua visão do que funciona e o que não dá
certo, dentro da mentalidade coletiva. O Japão revela bons laterais e
meias, vida o tanto de japoneses dessas posições que conseguem fazer carreira
em ligas grandes da Europa. Sem falar em ligas menores, mas, atente-se em como
a Bundesliga costuma ter muitos japoneses com o destaque para
Kagawa, ou, como Shunsuke Nakamura (Deus do Chute) fez uma
grande história pelo Celtics da Escócia.
Realmente curtindo o início de #bluelock
— Waka no Sekai - Renan (@WakaSekai) January 28, 2023
Depois de ler mais, vou começar o anime. pic.twitter.com/hWeOaFPPrP
Onde o coletivo faz a diferença no futebol, o Japão consegue se
estabilizar e pode melhorar. Porém, futebol é um esporte coletivo que o gol
faz a diferença e, para Ego, falta um camisa 9 extremamente fofinha e
que queira ser chuteira de ouro pelo Japão. Saudades quando Kojiro Hyuga
(Ruega) ainda jogava com o Oliver Tsubasa.
Com isso em mente ele desenvolve o
Projeto Blue Lock. Reunindo os 300 melhores atacantes Sub-18 do Japão para competirem pela
glória de ser o próximo atacante que liderará o Japão em busca do sonho da
Copa do Mundo. O campeão será o Camisa 9 do Japão. E os outros atletas?
Serão obrigados a abandonar o futebol.
Não questione meus métodos, aprecie os resultados
Quando os 300 de Ego estão no complexo da JFA (Japan Footbal Association) para
o andamento do Blue Lock, gradativamente, ele vai colocando pimenta nos pensamentos dos jogadores
para quem possam mudar a forma como pensam e encaram o futebol. Como os
jogadores são divididos por rank e formam time baseado nisso, ou seja, a cada
11 temos um time, Jinpanchi começa com o futebol primitivo (sim, são times de
11 atacantes e, sim, iniciam como crianças correndo atrás da bola).
Note que mesmo que o foco seja individual, aprender a ser egoísta e fominha
para ser artilheiro e carregar o time, e seu desejo de ser o
Camisa 9 do Japão, futebol é jogado 11 contra 11 e como se organizam, é
o detalhe inicial. Afinal, quem vai ser o goleiro se todo mundo quer fazer
gol?
Mini torneios são realizados com os times, alguns passam de fase, os piores de
cada time vai de arrasta pra cima na competição e retornam pra casa; quanto
melhor seu desempenho, melhores suas recompensas para treinos e dieta; o
melhor jogador do time se mantém seguro para próxima fase.
Obviamente gols é o principal fator de pontuação e um dos de desempate, fair
play também é importante, ou seja, seja egoísta mas justo risos! Cartões
amarelos te prejudicam na disputa do
Blue Lock. Essa disputa insana consegue te prender de modo absurdo no mangá de
Muneyuki Kaneshiro.
Jinpachi Ego lhe convoca ao Blue Lock
Um battle royale da bola parece loucura, mas, acredite,
Blue Lock é bom e o mangá vai te
garantir a curiosidade de ver onde e como essa história chega ao fim.
Confesso, talvez os dois primeiros capítulos são um pouco chatos e não atiçam,
mas, a curiosidade de ver o projeto e como funciona, garante um bom shonen
esportivo que não entretém apenas os jovens.
Muitos comentam que o anime não é tão bom quanto o mangá, futuramente, assisto
e comento para vocês. Por enquanto recomendo com força o mangá de
Blue Lock e, aqui
no Brasil, ele é vendido e distribuído pela Panini.
Dando continuidade ao review do mangá, conheça o festival de bagres do Ego em Blue Lock!
0 Comentários