Shoujo! Um substantivo e tantos pensamentos, sentimentos e,
principalmente: julgamentos! Por um lado, eu entendo um pouco essas idéias
erradas, afinal, essa é a demografia destinada às meninas leitoras de mangá,
contudo, eu considero estranho toda uma geração que cresceu assistindo, sem
julgamentos ou poucos, obras como Sailor Moon, Guerreiras Mágicas de Rayearth,
Sakura Card Captor, entre outros para não ir tão longe na faixa etária mais
antiga que me acompanha, ter medo do "nicho". Tokyo Babylon é clássico
interessante que mexe nos dois sentimentos e você entenderá como essa resenha,
análise, do volume da CLAMP Premium Collection.
Existe algo mais pesado que BL?Sim, mangás da CLAMP!
Bem-vindo a Tokyo
Tóquio. Uma cidade linda. Ao mesmo tempo sendo fria, é uma cidade cheia de
vida e luzes cintilantes. Lá reside Subaru Sumeragi, o décimo terceiro chefe
de seu clã e um poderoso onmyouji. Ajudado por sua divertida e espontânea irmã
gêmea, Hokuto, e pelo veterinário que afirma amá-lo, Seishirou Sakurazuka, ele
resolve os problemas sobrenaturais que afligem os cidadãos de Tóquio, sejam
eles os vivos... ou os mortos!
Mistérios, ação e lá ele
Por mais que as geniais CLAMP possuam obras Shoujo que "não parecem ser" e
muitos moleques acabam consumindo, tipo Rayearth (tô velho, uso muito os
mesmos exemplos...), por outro lado, elas soltam a mão com força em diversas
coisas que mexem com as meninas. Seja seu universo adolescente, referências
diferenciadas, desejos "inexplicáveis" ao ver homens e, nessa mistura de uma
história de introdução muito intrigante e imersiva a, com todo respeito e sem
ofensas, a viadagem presente, o volume 1 de Tokyo Babylon é forte e muito bom.
Aqui inverterei algumas coisas para facilitar para todos na mesma página que
são:
- Cada livro físico será volume;
- Cada história do mangá será chamada de capítulo, afinal, o mesmo às chamam de volume e poderá confundir futuramente.
Agora que estamos alinhados, o primeiro volume conta com "três capítulos".
Bem, são três mas não temos três de fato. Esse início vem com o capítulo 0,
capítulo 1 e o capítulo 1,5. Sim, as CLAMP adoram quebrar os capítulos ou
estender de forma inesperada (veremos em X).
Capítulo 0 - Você odeia Tokyo?
Para começar um capítulo introdutório, que se justifica mais para a frente.
Aqui, conhecemos os três personagens e meio dessa história. Subaru Kisaragi,
Hokuto Kisaragi, Seishirou Sakurazuka e a cidade de Tóquio. Bem, você realmente
achou que Tokyo seria meramente ilustrativo no nome ou que seria na Liberdade
em São Paulo, né? A capital japonesa é muito movimentada, populosa, seja de
dia ou de noite, fica a sensação que o número triplica do nada e que ninguém
dorme (São Paulo?).
Os irmãos Kisaragi são de uma família de feiticeiros de longa data e, hoje em
dia, Subaru é o mais jovem a manter esse legado realizando exorcismos. Hokuto
quase sempre está junto dele e ama decidir suas roupas e ama perturbar para
que ele se torne par do professor. Seishirou é professor, veterinário em
atuação de fachada e personagem mais velho do trio. Ele em toda oportunidade
que pode, deixa bem claro que ama Subaru (você foi avisado!).
Serve bastante para conhecermos os personagens e apresentar a possível
dinâmica que que domina a história. Subaru realiza um exorcismo que acaba
tendo um final bem inesperado. O alvo não foi a pessoa, mas sim, sua blusa da
Chanel.
"Os humanos são a coisa mais assustadora desde sempre."
Antigo mas tão atual, simplesmente, CLAMP!
— Waka no Sekai - 3 Anos 🥳🎂 (@WakaSekai) January 7, 2025
Bom dia!
Sauce: Tokyo Babylon pic.twitter.com/UOkXjqRKzh
O ódio humano chegou em um ponto tão grande que, mesmo seres como monstros e
yokais não são nada perto disso. Esse ódio e rancor está tão alto que
até mesmo os Tsukumogamis, espíritos que habitam objetos, não tem mais para
onde ir.
Capítulo 1 - Babel
Aqui começamos a entrar nos pontos que foram me fascinando nesse primeiro volume. Subaru é chamado para realizar um exorcismo na Tokyo Tower. Ficando por lá até depois de fechar o movimento ele e Seishirou encontram a alma penada e, com o passar do tempo, a teoria de Subaru é confirmada e a vítima havia se churrascado.
Kazue Kato é a alma que assombra a torre e, ao conseguir conversar com ela, começam a entender melhor seus sentimentos, suas escolhas e como Tóquio fez mais uma vítima vindo do interior. Seu sonho era ser atriz, afinal, sendo muito linda em sua cidade do interior e acreditando no sonho, rumou para Tóquio.
Ela até conseguiu realizar um trabalho e outro, mas, nunca emplacou algo que pudesse alavancar sua carreira e, ao surgir uma oportunidade em um filme, ela até apelou para a moda antiga, conseguiu o papel e, quando finalmente o filme seria gravado, a atriz principal desiste do projeto e o mesmo é encerrado. Kato fica sem chão, sem esperança e totalmente sem cabeça e acaba tirando a própria vida.
Ela odeia Tóquio mas, ironicamente, o único lugar onde ela teve paz e conseguiu gostar um pouco da cidade, além de alguns sentimentos bons que ela não descobriu nesse tempo, estavam na Tokyo Tower. Eu posso ter brincado no início mas tem suas similaridade com São Paulo, mas não sei se alguns chegaram nesse extremo.
Capítulo 1,5 - Destiny
Chegamos ao último capítulo do volume 1 e ele é bom curioso, começa a brincar com o tempo, destino, vidas passadas e como isso tem haver com a ligação desse trio. Subaru tem um sonho onde um estranho lhe conta sobre o "segredo das cerejeiras". Nesse sonho, ele até se parece mais feminino, até mesmo uma mulher se apaixonando por esse cara que o deixa ir.
Voltando ao mundo dos acordados no presente, Sei-san conta como foi a primeira vez que ele e Subaru se viram e foi de forma bem desastrada já que o jovem vive tropeçando com facilidade por aí e, acabou tropeçando durante uma missão no metrô.
Seishiro brinca sobre vidas passadas ser o motivo dele se apaixonar por Subaro que, ainda não gosta dessas conversas e brincadeiras gostosas e, quando resolve aproveitar o restante do dia fechando a clínica mais cedo, um diálogo aluga um triplex na mente do jovem e o recorda do sonho da cerejeira, justamente com os três, visitando o parque das sakuras.
E, assim, começou a história de salvação de Tóquio!



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